Natureza
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A expressão natureza (do latim natura) ou natura [1] aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o facto de ser natural: ou seja, envolve todo o meio ambiente que não teve intervenção antrópica.
Dessa noção da palavra, surge seu significado mais amplo: a Natureza corresponde ao mundo material e, em extensão, ao universo físico: toda sua matériae energia, inseridas em um processo dinâmico que lhes é próprio e cujo funcionamento segue regras próprias (estudadas pelas ciências naturais).
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[editar]Etimologia
Latim, natura[2], comp. pelo tema natus, p.pass. de nascere = nascer e urus = sufixo do particípio futuro de oritur = surgir, gerar, a força que gera.
Aquilo que surge, que se dá por nascimento. Aquilo que é e faz por nascimento segundo leis universais aplicadas a um preciso contexto[3].
Ordem ou sistema de leis que precedem a existência das coisas e a sucessão dos seres. O conjunto de todos os seres que compõem o universo. Essência e qualidade ínsita de um ser. Também entendido como "qualidade, índole, gênio, tipo, caráter" de um ser.[2]
[editar]Escala
A escala abrangida pela palavra natureza, dentro deste contexto, envolve desde o subatômico até o amplamente universal, como os planetas e estrelas. Tomando como o recorte a escala do homem, inclui basicamente o meio ambiente natural e normalmente exclui o meio ambiente construído, de forma a ser tradicionalmente associada à vida selvagem, aos fenômenos e recursos naturais e aos seus processos e dinâmicas próprios. Há também definições que incluem o meio-ambiente alterado pelo homem como elemento da Natureza.
A associação mais popular que se faz à palavra "natureza" a confunde com a idéia de paisagem natural: a paisagem é o resultado dos processos complexos presentes em um determinado meio ambiente.
[editar]Realidade
O mundo natural costuma estar associado ao mundo real.
[editar]Estudo da natureza
O estudo sistematizado dos elementos da natureza, seus processos, actividades e consequências se dá através das Ciências naturais.
[editar]Astronomia
[editar]Biologia
[editar]Ciências da Terra
[editar]Ecologia
[editar]Física
[editar]Geologia
[editar]Geografia
[editar]Química
[editar]Natureza e o homem
O crescimento das populações, o aumento do consumo ligado às inovações tecnológicas, à escala global, uma proliferação de resíduos que contaminam o ambiente, afectam os ecossistemas, pondo em causa a natureza.
No sentido de permitir um desenvolvimento sustentável, o Homem tem vindo a desenvolver práticas que permitem a proteção e a conservação da Natureza. Dessas práticas podem destacar-se:
- Tratamento de resíduos sólidos
- Tratamento das águas
- Conservação de certas áreas protegidas notáveis
- Utilização de energias renováveis (eólica, solar, biomassa e outras)
[editar]Referências bibliográficas
- KAHN, Fritz; Livro da natureza : a imagem do universo à luz da ciência moderna, numa exposição acessível a todos; São Paulo : Melhoramentos, 1965.
- MOREIRA, Iara Verocai Dias (org.); Vocabulário básico de meio ambiente; Rio de Janeiro : Serviço de Comunicação Social da Petrobrás, 1990.
Referências
[editar]Ver também
[editar]Ligações externas
- Organização para a preservação do meio ambiente natural (em inglês)
- Dados sobre a Natureza (em inglês)
- Assumindo a natureza
- Liga para a Protecção da Natureza
Próxima Natureza
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A Próxima Natureza é um conceito da filosofia pós-moderna, que afirma que, através da atividade cultural humana, uma próxima natureza virá. A Antiga natureza, percebida como árvores, plantas,animais, átomos ou o clima, ficará crescentemente controlada e governada pelo homem. Isso se tornou uma categoria cultural. Ao mesmo tempo, os produtos da cultura, que são usados para controlar o homem, tenderão a superá-lo e se tornar autônomos. Nossas noções comuns de natureza e cultura estão trocando de lugar. A idéia principal por trás da próxima natureza é o raciocínio de que não deveríamos ver a natureza como algo estático, mas antes como uma força dinâmica que pulula ao nosso redor.
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[editar]Implicações
A próxima natureza implica um paradigma para explicar a atual relação entre a cultura e a natureza. O modo de desenhar a fronteira entre esses dois elementos mudou através da história e em diferentes culturas. No passado, o reino dos que 'nasciam' pertencia à natureza e a cultura era vista como um reino do 'fabricado'. Mas por intermédio da ciência humana essas categorias se tornaram indistintas, borradas. O novo modo de distinguir a cultura da natureza é pintar uma linha entre o 'controlável' e o 'autônomo'. Os desenvolvimentos tecnológicos e os novos campos de pesquisa, como aNanotecnologia, manipulação genética, inteligência ambiental, engenharia de tecidos vivos e Neurociência interferem radicalmente no nosso sentido de o que é 'natural'. Eles estão conectados à visão natural da próxima natureza. Com o progresso da cultura, as forças da natureza mudam de endereço.
[editar]História
O termo Próxima Natureza foi cunhado no ensaio do artista/cientista holandês Koert van Mensvoort Explorando a Próxima Natureza. Foi influenciado pela hiper-realidade e fenomenologia.
O início da próxima natureza como um fenômeno ainda está sendo debatido. Algumas vezes argumenta-se que ter ele iniciado com a industrialização. Outros o consideram iniciado em épocas ainda mais incipientes da aitvidade humana. A emergência da próxima natureza aconteceu sobre o tempo. A velha natureza está sendo gradualmente substituída pela próxima natureza.
[editar]Definições da próxima natureza
- "A Próxima natureza está emergindo culturalmente da própria natureza".
- "A Próxima natureza é uma segunda natureza sem a qual não podemos mais viver. A Segunda natureza se torna a primeira natureza".
- "A Próxima natureza se manifestará quando o ciberespaço se fundir com o espaço físico".
[editar]Exemplos
- Produtos que crescem em seus próprios pacotes.
- A companhia Enologix de Sonoma, Califórnia, produz softwares que predizem quanto um vinho valerá antes mesmo de ele ser fabricado. Para maximizar sua eficiência, vinicultores agora não investem mais na agricultura, em sua forma arcaica, mas em informação bioquímica. Fazer vinho, assim, se torna uma ciência da informação.
- Em cidades como Los Angeles, é quase impossível viver sem um carro; a segunda natureza se torna a primeira natureza.
- A bioengenharia poderá confeccionar alianças para noivos a partir do tecido ósseo de seu par. Na próxima natureza, os símbolos se tornam físicos.
- Quando as pessoas jogam, isso é cultura. Mas quando algumas pessoas começam a viver em jogos e mesmo administrar o que recebem pelo mundo virtual, então isso se torna uma próxima natureza.
- O uso de robôs domésticos está aumentando rapidamente. As pessoas não têm tempo para olharem em seus relógios-despertadores, torradeiras e aspiradores de pó mais. Então elas terão de se organizar.
- A economia global é um sistema complexo a tal ponto que não estamos mais conseguindo controlá-la. É claro que as pessoas tentarão influenciá-la, mas não poderão controlá-la totalmente. Isso é o fenômeno da próxima natureza.
Próxima Natureza
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Próxima Natureza é um conceito da filosofia pós-moderna, que afirma que, através da atividade cultural humana, uma próxima natureza virá. A Antiga natureza, percebida como árvores, plantas,animais, átomos ou o clima, ficará crescentemente controlada e governada pelo homem. Isso se tornou uma categoria cultural. Ao mesmo tempo, os produtos da cultura, que são usados para controlar o homem, tenderão a superá-lo e se tornar autônomos. Nossas noções comuns de natureza e cultura estão trocando de lugar. A idéia principal por trás da próxima natureza é o raciocínio de que não deveríamos ver a natureza como algo estático, mas antes como uma força dinâmica que pulula ao nosso redor.
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[editar]Implicações
A próxima natureza implica um paradigma para explicar a atual relação entre a cultura e a natureza. O modo de desenhar a fronteira entre esses dois elementos mudou através da história e em diferentes culturas. No passado, o reino dos que 'nasciam' pertencia à natureza e a cultura era vista como um reino do 'fabricado'. Mas por intermédio da ciência humana essas categorias se tornaram indistintas, borradas. O novo modo de distinguir a cultura da natureza é pintar uma linha entre o 'controlável' e o 'autônomo'. Os desenvolvimentos tecnológicos e os novos campos de pesquisa, como aNanotecnologia, manipulação genética, inteligência ambiental, engenharia de tecidos vivos e Neurociência interferem radicalmente no nosso sentido de o que é 'natural'. Eles estão conectados à visão natural da próxima natureza. Com o progresso da cultura, as forças da natureza mudam de endereço.
[editar]História
O termo Próxima Natureza foi cunhado no ensaio do artista/cientista holandês Koert van Mensvoort Explorando a Próxima Natureza. Foi influenciado pela hiper-realidade e fenomenologia.
O início da próxima natureza como um fenômeno ainda está sendo debatido. Algumas vezes argumenta-se que ter ele iniciado com a industrialização. Outros o consideram iniciado em épocas ainda mais incipientes da aitvidade humana. A emergência da próxima natureza aconteceu sobre o tempo. A velha natureza está sendo gradualmente substituída pela próxima natureza.
[editar]Definições da próxima natureza
- "A Próxima natureza está emergindo culturalmente da própria natureza".
- "A Próxima natureza é uma segunda natureza sem a qual não podemos mais viver. A Segunda natureza se torna a primeira natureza".
- "A Próxima natureza se manifestará quando o ciberespaço se fundir com o espaço físico".
[editar]Exemplos
- Produtos que crescem em seus próprios pacotes.
- A companhia Enologix de Sonoma, Califórnia, produz softwares que predizem quanto um vinho valerá antes mesmo de ele ser fabricado. Para maximizar sua eficiência, vinicultores agora não investem mais na agricultura, em sua forma arcaica, mas em informação bioquímica. Fazer vinho, assim, se torna uma ciência da informação.
- Em cidades como Los Angeles, é quase impossível viver sem um carro; a segunda natureza se torna a primeira natureza.
- A bioengenharia poderá confeccionar alianças para noivos a partir do tecido ósseo de seu par. Na próxima natureza, os símbolos se tornam físicos.
- Quando as pessoas jogam, isso é cultura. Mas quando algumas pessoas começam a viver em jogos e mesmo administrar o que recebem pelo mundo virtual, então isso se torna uma próxima natureza.
- O uso de robôs domésticos está aumentando rapidamente. As pessoas não têm tempo para olharem em seus relógios-despertadores, torradeiras e aspiradores de pó mais. Então elas terão de se organizar.
- A economia global é um sistema complexo a tal ponto que não estamos mais conseguindo controlá-la. É claro que as pessoas tentarão influenciá-la, mas não poderão controlá-la totalmente. Isso é o fenômeno da próxima natureza.
Natureza humana
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A natureza humana é um conjunto de características descritas pela filosofia, incluindo formas de agir e pensar, que todos os seres humanos tem em comum. Vários são os ramos da ciência que estudam a natureza humana, incluindo sociologia, sociobiologia, psicologia, dentre outros. Filósofos e teólogos também fazem pesquisas sobre o assunto.
De acordo com o conceito aceito pela ciência moderna, natureza humana é a parte do comportamento humano que acredita-se que seja normal e/ou invariável através longos períodos de tempo e de contextos culturais dos mais variados. Esse entendimento entretanto é equivocado, dado que a ciência não crê em natureza humana, piois tem essa um carater metafísico.
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[editar]Metafísica e ética
Existem várias perspectivas em relação à natureza e essência fundamentais dos seres humanos. Estes são, de qualquer forma mutuamente exclusivos e, a seguinte lista não é de forma alguma exaustiva:
- Naturalismo filosófico: que inclui materialismo e racionalismo. Engloba um conjunto de pontos de vista que os seres humanos são puramente fenômenos naturais; Seres sofisticados que evoluiram para o nosso atual estado através de mecanismos naturais como a evolução. Filósofos humanistas determinam o bem e o mal através do que seriam as "qualidades humanas universais", mas outros naturalistas empregam esses termos como meros rótulos colocados em quão bem o comportamento individual está em conformidade com às expectativas da sociedade, e é o resultado da nossa psicologia e socialização.
- A religião Abraamica sustenta que um ser humano é um ser espiritual que foi deliberadamente criado por um único Deus, em sua imagem, e existe em contínuo relacionamento com Deus. O bem e o mal são definidos em quanto os humanos seres humanos se amoldam ao caráter descrito na "lei de Deus".
- Noções politeísticas animísticas variam, mas geralmente descrevem os seres humanos como cidadãos em um mundo povoado por outros seres espirituais inteligentes ou mitológicos, como deuses, demônios, fantasmas, etc. Nestes casos, a maldade humana é frequentemente considerado como o resultado de influências sobrenaturais ou corrupção (embora possa ter muitas outras causas também).
Tradições espirituais existentes como a holística, panteística, e panenteística, asseguram que a humanidade é a existência com Deus ou como parte do cosmos divino. Neste caso, a maldade humana é geralmente considerada como o resultado da ignorância desta natureza universal Divina. Tradições deste tipo incluem religião Dármica e outras formas de filosofia oriental (incluindo Budismoe Taoísmo), e filosofia ocidental como Estoísmo, Neoplatonismo ou cosmologia panteística. Determinados tipos de politeísmo, animismo, e monismo têm interpretações semelhantes.
[editar]Livre arbítrio e determinismo
A questão do livre arbítrio e determinismo toma conta de grande parte do debate sobre a natureza humana. Livre arbítrio refere-se à capacidade do homem de fazer escolhas verdadeiramente livres (em certo sentido). No que se refere aos seres humanos, a tese dodeterminismo implica que as opções humanas são plenamente causadas por forças internas e externas.
- Incompatibilismo: sustenta que o determinismo e o livre arbítrio são contraditórios (ou ambos são falsos). As visões incompatibilistas podem negar ou aceitar o livre arbítrio.
- Visões incompatibilistas em favor do livre arbítrio incluem:
- Libertarianismo entende que a percepção humana de livre escolha em ação é verdadeiro, em vez de aparentemente verdadeira, dessa forma, as nossas ações são executadas sem que haja qualquer coerção por forças internas ou externas.
- Tomismo sustenta que os seres humanos têm uma verdadeira experiência de livre arbítrio, e essa experiência é prova de um alma que transcende os meros componentes físicos do ser humano.
- Opiniões incompatibilistas contrárias incluiem:
- Determinismo refere-se a lógica que os seres humanos, como todos os fenômenos físicos, são objeto de causa e efeito. O Determinismo também entende que as nossas ações resultam do meio social e fatores biológicos ou teológicos. Um equívoco comum é que todos são deterministas fatalistas, que acreditam que a deliberação não faz sentido e que o futuro já está definido, quando na verdade a maioria deterministas mantém a idéia de que nós devemos deliberar sobre as nossas acções e que isto é parte da complexa interação entre causa e efeito.
- A Predestinação é a teoria que Deus orquestra todos os acontecimentos no universo(humanos, naturais e outros) de acordo com sua vontade, porém ele faz de uma forma que inclui o livre arbítrio do homem.
- Determinismo biológico e determinismo social são os pontos de vista segundo os quais as ações humanas são determinadas pela sua biologia e interação social, respectivamente. O debate entre estas duas posições é conhecido como natureza versus criação.
- Visões incompatibilistas em favor do livre arbítrio incluem:
- Compatibilismo, é da opinião que o livre arbítrio e o determinismo coexistem. Visões Compatibilistas incluem:
- Compatibilitismo humano, é da opinião que eles são compatíveis, porque é meramente hipotética a habilidade de liberdade de escolha se a outra opção foi eliminada de acordo com os fatores físicos do determinismo.
- Molinismo, é da opinião de que Deus é capaz de predestinar todos os eventos na Terra, porque ele sabe de antemão o que as pessoas irão escolher livremente.
- Compatibilistas contemporâneos buscam definições de livre vontade que permitam a coexistência com o determinismo.
[editar]Espiritual versus natural
Outro aspecto discutido muitas vezes da natureza humana é a existência da relação do corpo físico com o espírito ou alma, que transcende os atributos físicos do homem, bem como a existência de qualquer propósito transcendente. Nesta área, há três posições dominantes:
- A visão filosófica naturalista: Posição em que os seres humanos são absolutamente naturais, sem nenhum componente espiritual ou propósito transcendente. Subconjuntos da visão naturalista incluem os materialistas e os fisicalistas, posições que consideram que os seres humanos são totalmente físicos. No entanto, alguns naturalistas são também dualistas a cerca da mente e do corpo. O naturalismo, combinado com as ciências naturais e sociais, veêm os humanos como seres não planejados do produto da evolução, que operava em parte pela seleção natural sobremutação aleatória. Naturalistas filosóficos não acreditam numa passagem sobrenatural. Enquanto o naturalismo filosófico é frequentemente abordado como uma visão inaceitável da natureza humana, é promovido por muitos proeminentes filósofos e pensadores. O naturalista filosófico freqüentemente vai achar como semelhante a crença religiosa e a superstição e como um mal produto de um pensamento mágico.
- Em contraste com o materialismo, existem as posições platonistas ou idealistas. Isto pode ser expresso de muitas formas, mas, na essência, a visão é que existe uma diferença entre a aparência e a realidade, e o que vemos no mundo que nos rodeia é simplesmente um reflexo de algo mais elevado, a existência divina, a qual a alma / mente ou espírito dos humanos (e talvez até os animais) pode ser parcial. Em seu livro, Platão representa a humanidade como prisioneiros presos desde o nascimento dentro de uma caverna subterrânea, incapazes de mover a cabeça, e, portanto, capazes apenas de ver as sombras nas paredes que apareceram por um incêndio ocorrido fora da caverna, sombras estas que, em sua ignorância, os moradores da gruta tem uma visão errada da realidade. Para Platão, portanto, a alma é um espírito que usa o corpo. Ela está em um estado não-natural de união, e espera por ser liberto de sua prisão corporal (cf. República, X, 611).
- Entre o materialismo e idealismo situa-se o pensamento de São Tomás de Aquino, cujo sistema de pensamento é conhecido como Tomomesmo. Seu pensamento é, em essência, uma síntesedateologia cristã, bem como de uma releitura da filosofia de Aristóteles. Aristóteles descreve o homem como um "animal racional", isto é, um sistema único e indiviso sendo que é ao mesmo tempo animal (material) e racional (alma intelectual). Desenho do hylomorphism aristotélico, a alma é vista como uma forma substancial do corpo (matéria). A alma, como a forma substancial, é aquilo que é universal, ou comum, para toda a humanidade, e, portanto, é indicativo da natureza humana, o que diferencia uma pessoa de outra é uma questão a qual Aquino se refere como o princípio da individualização. A alma humana é caracterizada como espiritual, imortal, substancial, e subsistente: é o princípio espiritual e vital do ser humano, mas também é dependente do corpo em uma variedade de formas, a fim de possuir estas características.
Assim, não existe divisão entre o "físico" e o "espiritual", embora eles sejam na verdade distintos. Esta posição diferencia o tomismo do materialismo e idealismo. Ao contrário do idealismo, que dispõe que o universo visível não é uma mera sombra de uma realidade transcendente, mas em vez disso é totalmente real em si. No entanto, ao contrário do materialismo, o Tomismo assegura que o empiricismo e a filosofia, quando adequadamente exercidos, conduzirão inevitavelmente à crença razoável em Deus, a alma humana e ao objetivismo moral. Assim, para um Tomista, é óbvia a prova da existência de um Deus e uma alma eterna.
[editar]Estado de natureza
Estado de natureza remete para afirmações filosóficas sobre a condição dos seres humanos antes de fatores sociais serem impostos, e assim tenta descrever a "essência natural" da natureza humana.
- Visões que vêem os seres humanos como intrinsecamente bons:
- De acordo com John Locke, o homem em estado de natureza tem perfeita liberdade para ordenar as suas ações, de acordo com as leis da natureza, sem ter que pedir permissão para agir para qualquer outra pessoa. As pessoas são de igual valor, e tratam uns aos outros como eles gostariam de ser tratados. As pessoas só deixam o estado de natureza quando consentem para fazer parte de uma comunidade, a fim de proteger os seus direitos de propriedade.
- De acordo com Rousseau, os seres humanos no estado de natureza são naturalmente bons e os maus hábitos são produto da civilização corrompida; Ex: não só de pão vive o homem, mas sem ele a gente morre de fome.
- Grupos que vêem os humanos como moralmente neutros:
- De acordo com Pelagius, o estado do homem na natureza, não são tentados pelo pecado original, mas plenamente capazes de escolher entre o bem e o mal.
- De acordo com o determinismo social e o determinismo biológico, a conduta humana é determinada por fatores biológicos e sociais, os instintos humanos inerentes nunca são verdadeiramente a culpa das ações geralmente consideradas "más" nem creditados como ações consideradas "boas".
- Visões dos seres humanos como intrinsecamente maus:
- De acordo com Hobbes, os seres humanos no estado de natureza estão inerentemente em uma "guerra de todos contra todos", e a vida neste estado é em última instância "desagradável, bruta, e curta." Para Hobbes, esse estado de natureza é sanado pelo bom governo.
- De acordo com a doutrina cristã do pecado original, os seres humanos são criaturas intrinsecamente corrompidas e manchadas pelo pecado de Adão, e só podem ser resgatados pela graça de Deus através da fé na justiça de Jesus, a quem eles acreditam ser o seu filho moralmente perfeito. Na teologia cristã, acredita-se que o nascimento virginal torna que isto seja possível, como imagina-se que o pecado original seja passado pela "semente" do homem. O catolicismo, no entanto, sustenta que a natureza de ambos, Jesus e sua mãe (Maria), como se fosse o eleito ouMessias, não foram atingidos pelo pecado original.
- De acordo com Bertrand Russell o mal moral ou pecado é derivado de instintos que tenham sido transmitidos para nós de nossos ancestrais por bestas de rapina. Esta ascendência originou-se quando certos animais se tornaram onívoros e empregados na caça (matando e furtando), de forma periódica para devorar a carne, bem como as frutas de forma a produção de outros seres vivos que existiram, para apoiar o metabolismo em concorrência com outros animais para a escassez de alimentos e de comida vegetal, fontes no ambiente predador em que evoluiu. Assim, o simples fato de que os seres humanos devem comer outra vida ou senão tem fome, a morte é a provável origem primordial do mal moral contemporâneo e histórico, isto é, as coisas ruins que fazemos uns aos outros como mentir, enganar, difamar, assaltar e matar.
- Visões que enxergam os seres humanos como tendo uma "natureza humana ferida"
- De acordo com a Igreja Católica, os seres humanos foram criados bons mas, detentores de livre arbítrio, foram feridos por sua livre decisão pelo pecado. Os seres humanos estavam em um estado de "santidade e justiça original" que foi perdido devido ao pecado original, cometido por Adão e transmitido por ele como um estado de natureza aos seus descendentes. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, "a natureza humana não foi totalmente corrompida: ela está ferida pelos seus próprios poderes naturais, sujeita à ignorância, sofrimento e ao domínio da morte, e inclinada ao pecado - uma inclinação para o mal que é chamada de concupiscência. O Batismo, por conceder a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e transforma em um homem voltado para Deus, mas as suas consequências para a natureza, enfraquecida e inclinada para o mal, persistem no homem e o chama para a batalha espiritual ". (CIC 405) [1]
[editar]A moralidade
Há uma série de pontos de vista sobre a origem e a natureza da moralidade humana:
- Realismo moral ou objetivismo moral: diz que os códigos morais existem fora da parecer humana - que certas coisas são certas ou erradas, independentemente da opinião do homem sobre o assunto. A moralidade objetiva pode ser vista como decorrente da natureza intrínseca da humanidade, de um comando divino, ou ambos.
- Relativismo moral: diz que os códigos morais são uma função dos valores humanos e das estruturas sociais, e não fazem sentido fora da convenção social.
- Absolutismo moral: é de opinião que certos atos são certos ou errados, independentemente do contexto.
- Universalismo moral: tenta uma união entre o relativismo moral e o absolutismo moral e sustenta que existe, ou deveria existir, um núcleo universal comum de moralidade.
[editar]Finalidade
- Artigos principais: Significado da vida (filosofia), Significado da vida (ciência )
- Materialismo e Naturalismo filosófico defende que não há efeitos externos à vida humana. Defensores deste ponto de vista muitas vezes adotam a filosofia do humanismo secular.
- Teleologia sustenta que há propósitos inerentes à existência humana. Este efeito pode surgir a partir da natureza intrínseca da humanidade em si (o que um ser humano "supostamente deveria ser", como no caso da filosofia objetivista), a partir relação humana com o divino (o que Deus quer seja a humanidade, como no caso da religião), ou de ambos (como quando os comandos divinossão vistos como estando de acordo com a natureza intrínseca da humanidade e dos melhores interesses da humanidade).
[editar]Psicologia e biologia
Uma questão de longa data na filosofia e na ciência é saber se existe uma natureza humana invariante. Para aqueles que acreditam na existência de uma natureza humana, mais perguntas se fazem:
- O que determina/constrange a natureza humana?
- Em que medida é que a natureza humana é maleável?
- Como há variações entre as pessoas e as populações?
- Será que sou tão incapaz de pensar assim?
Como o comportamento humano é tão diverso, pode ser difícil encontrar comportamentos humanos absolutamente invariáveis que sejam de interesse para os filósofos. Um menor (mas ainda cientificamente válido) padrão para provas relativas a "natureza humana" é utilizado por cientistas que estudam o comportamento. Biólogos buscam provas da predisposição genética para padrões comportamentais. Predisposições genéticas podem ser influenciadas pelo ambiente, então o aparecimento de organismos com características comportamentais geneticamente predispostas não se espera chegar a 100 por cento. Um tipo de comportamento humano em relação ao qual existe uma forte predisposição genética pode ser considerado como parte da natureza humana. Em outras palavras, a natureza humana não é vista como algo que force os indivíduos a comportar-se de certa maneira, mas como algo que torna os indivíduos mais inclinados a agir de uma determinada maneira do que noutra. Psicologicamente, o termo "natureza humana" pode estar relacionado com o conceito de Freud id e os anseios associados com esses um aspecto da personalidade.
[editar]Tábula Rasa
A filosofia do empiricismo de John Locke vê a natureza humana como uma "tábula rasa". Nesta visão, há um nascimento na mente de uma "ardósia em branco", sem regras, para que os dados sejam adicionados, e as regras para processá-los são formadas unicamente por nossas experiências sensoriais.
A opinião contrária é vista na sociobiologia de E. O. Wilson e intimamente relacionada a teoria da psicologia evolutiva.
[editar]Genética Comportamental
O debate sobre a natureza versus criação. Comportamento genético
[editar]Diversidade humana
[editar]Argumentos para a invariância
Todas as pessoas e todas as sociedades têm expressões faciais similares. Todo mundo sorri o mesmo, bem como a forma como usamos nossos olhos para transmitir cognição ou a forma de flertar é a mesma. Avaliações da atratividade facial são consistentes em todas as raças e culturas com uma preferência pela simetria e proporção que são explicadas pelos cientistas como marcadores de saúde durante o desenvolvimento físico atribuível a bons genes ou um bom ambiente. As fêmeas humanas procuram rostos masculinos que são classificados como mais masculinos e agressivos, no momento em que estão menos femininas, delicadas e mais atraentes durante a ovulação, a fase do seu ciclo menstrual. quando as mulheres são mais férteis. ((Fact | data = Fevereiro 2007))
Nenhum sucesso já foi cientificamente demonstrado em nova atribuição de um indivíduo habilidoso. Embora os indivíduos podem mudar seu comportamento externo (pegar a tesoura, com sua mão direita em vez da esquerda, por exemplo), sua inclinação interna nunca muda. Mesmo as pessoas que perdem um membro, que fisicamente não possuem a capacidade de pegar tesoura com sua mão esquerda, tentará fazê-lo. A porcentagem de canhotos em todas as culturas e em todos os momentos permanece constante (devido ao uso da mão esquerda ser uma característica recessiva).
Recém-nascidos, demasiadamente jovens para ter sido aculturado ao fazê-lo, têm comportamentos mensuráveis, como sendo mais atraídos para faces humanas do que outras formas e ter uma preferência pela voz de sua mãe acima de qualquer outra voz.
Em seu livro Human Universals, Donald E Brown apresenta o seu caso específico e identifica cerca de 400 comportamentos que são essencialmente invariáveis entre todos os seres humanos.
[editar]Argumentos para a maleabilidade social
Dizem que o duque de Wellington tornou-se indignado após ouvir alguém referir-se ao hábito como "segunda natureza". Ele respondeu: "É dez vezes natureza!"
William James também se referiu ao hábito como a roda da sociedade. Hábitos, no entanto, são por definição adquiridos, e hábitos diferentes serão tanto os efeitos e as causas das diferenças das sociedades.
Diferentes sociedades humanas, têm criado diferentes códigos morais. Assim, independentemente de existir ou não a moralidade objectiva, os seres humanos são claramente capazes de impor uma ampla variedade de diferentes códigos morais sobre si.
Alguns argumentaram que o papel de cuidar não vem da ausência de impulsos na natureza humana, mas a partir da multiplicidade de tais impulsos - tantos e tão contraditórios, que a forma de criação deve identificá-los e colocá-los em uma hierarquia.
Alguns acreditam que não existe nenhuma lei universal de comportamento que vale para todos os seres humanos. Há muitas dessas leis que se aplicam à maioria das pessoas (por exemplo, a maioria dos indivíduos tentam evitar a morte), mas há sempre exceções (algumas pessoas cometem suicídio). A maioria dos animais, incluindo os seres humanos, têm uma inata auto-preservação ouinstinto (medo de lesões e morte). O fato de que os seres humanos podem sobrepor este instinto básico é visto como evidência de que a natureza humana é subordinada à mente humana, e/ou a vários fatores externos. No entanto, isto pode não ser totalmente exclusivo para a mente humana, como observa-se que certos animais propositadamente cometem suicídio.
Finalmente, foi observado que os recentes avanços na biologia abriram uma porta para manipulação genética. Isto significa que em breve teremos a possibilidade de alterar os nossos genes e, por conseguinte, alterar os instintos que estão codificados nos genes.(Veja transhumanism)
[editar]Visões influentes da natureza humana
Muitas escolas influentes de pensamento têm defendido concepções particulares da natureza humana, e integram nas suas concepções outras idéias. Entre eles estão o Platonismo, Marxismo eFreudianismo.
[editar]Platão
Platão tomou uma concepção de motivo e a analisou a partir da vida que ele aprendeu com Sócrates e construiu tanto a metafísica, como a antropologia em torno dela. Há uma alma intelectualresidente na cabeça humana , e há um apetite animal residente na barriga e genitais. O dever dos antigos é manter a última forma mansa para, com o tempo, receber a morte como uma fuga a esta desconfortável co-habitação.
Em um ou outro disfarce, o dualismo de Platão foi imensamente influente. Isto foi profundamente insinuado na Teologia Cristã - um processo que começou, talvez, tão cedo quanto o Evangelho de João. A famosa teoria de Descartes do contraste da alma que pensa e do corpo ser a extensão da alma, é tomada de Platão, como é o contraste entre os fenômenos e os aspectos da natureza humana de Kant.
O que todas estas visões têm em comum é a seguinte estrutura: "existe uma parte invariável da natureza humana, e minha teoria a divulgará melhor do que outras teorias." Essa estrutura permite o avanço na história - porque ao conhecer-nos melhor mais próximos estamos do progresso. Mas a natureza humana em si, como o objeto desse conhecimento, é considerada uma constante. De fato, na teoria de Kant, a natureza humana no verdadeiro sentido não pode realmente dizer que muda porque mudança exige tempo, e o tempo é uma característica única do mundo como fenômeno real.
Hegel representa um importante rompimento com esta hegemonia platônica. Tomando como base o conceito de dialética, tudo é, por assim dizer, para agarrar-se: assim como homem tenta conhecer-se melhor, o objeto do conhecimento necessariamente muda.
[editar]Aristóteles
O mais famoso estudante de Platão fez alguns das mais famosas e influentes declarações sobre a natureza humana.
- O homem é um animal conjugal (Nicomachean Ethics), o que significa que é um animal que está a se acasalar quando adulto, assim, construir um lar (oikos) e, em casos mais bem sucedidos, de um clã ou pequena aldeia que ainda existem por linhas patriarcais.
- O homem é um animal político, o que significa que um animal com uma propensão inata a desenvolver comunidades complexas do tamanho de uma cidade ou vila. Como um animal político, em contraste com a sua família e vida no clã, o homem vive na sua racionalidade - mais plenamente na criação de leis e tradições.
- O homem é um animal mimético (Poética). Neste caso, Aristóteles enfatiza a razão humana na sua forma mais pura. O homem ama utilizar sua imaginação, e não apenas fazer leis e participar de reuniões.
É claro que, para Aristóteles, a razão não é apenas o que é mais estranho sobre a humanidade, mas é também aquilo que era destinada a alcançar em seu melhor. Grande parte da posição Aristotélica ainda deve ser considerara, mas deve ser mencionado que a idéia de que a natureza humana era "significava" ou éramos destinados a ser alguma coisa, tornou-se muito menos popular nos tempos modernos.
[editar]Rousseau
O escrito de Jean Jacques Rousseau, antes da Revolução Francesa, e muito antes de Darwin, chocou o ocidente, propondo que os seres humanos haviam sido animais solitários, e depois tinham aprendido a serem políticos. O ponto importante sobre isto foi a idéia de que a natureza humana não foi fixada, ou pelo menos não da forma anteriormente sugerida por filósofos. Os seres humanos são políticos agora, mas eles não estavam originalmente. Isto quebrou um terreno político importante e também perigoso, para os acontecimentos políticos do século 19 ao século 20, onde, para dar os exemplos mais chocantes, o totalitarismo e a lavagem cerebral se desenvolviam.
Ele foi uma influência importante em Kant, Hegel e Marx, mas ele deixou claro que ele era parte do desenvolvimento do pensamento de Thomas Hobbes.
[editar]Karl Marx
A concepção da natureza humana de Karl Marx tem sido objeto de grande incompreensão. É frequentemente difundido que Marx negou que houvesse qualquer natureza humana, e disse que os seres humanos são simplesmente uma "ardósia em branco", cuja personagem vai depender inteiramente de sua socialização e experiência. É verdade que Marx colocou uma enorme importância na perspectiva de que as pessoas são influenciadas e, em parte, determinadas por seus ambientes. Mas, no entanto, ele teve uma forte noção de natureza humana. Marx discutiu o conceito de "essência das espécies" (do alemão Gattungswesen, às vezes também traduzida como "o ser das espécies. Ele acreditava que sob o capitalismo, somos alienados - ou seja, divorciados de aspectos da nossa natureza humana. Ele previu a possibilidade de sociedade seguindo o capitalismo que permitiria aos seres humanos a exercer plenamente a sua natureza humana e a individualidade. Seu nome para esta sociedade era comunismo. No entanto, vale a pena ter em mente que, desde os dias de Marx, este termo tem sido utilizado com vários significados diferentes, não de todos os que foram compatíveis com a utilização original de Marx.
A compreensão de Marx da natureza humana, não só desempenha um papel na sua crítica ao capitalismo e, em sua convicção de que uma sociedade melhor seria possível (como já indicado). Isto também instruiu sua Teoria da História. A dinâmica subjacente da história, para Marx, é a expansão das forças produtivas. Em "A Ideologia Alemã", Marx diz que dois ou três aspectos da atividade social que fundamentam a história é a tendência das pessoas a agir de forma a satisfazer as suas necessidades, e daí em diante, a tendência para gerar novas necessidades [2]. Esta tendência humana, para Marx, é o que impulsiona a contínua expansão da capacidade produtiva na civilização humana.
Depois de A Ideologia Alemã, no entanto, a menção da "essência das espécies", como tal, é praticamente ausente dos escritos de Marx. Alguns dos principais intérpretes de Marx, como Louis Althusser, acham irrelevante a teoria da "essência das espécies", dos escritos mais novos de Marx, enquanto outros, como o Terry Eagleton, acreditam que ela continua a ser um importante conceito do entendimento de Marx.
[editar]A escola austríaca
A escola austríaca de economia, em torno dos anos 1871-1940, desenvolveu a sua própria opinião amplamente em oposição a Marx, e em oposição a um grupo de estudiosos historicistas. No processo, eles desenvolveram uma visão diferente da natureza humana - em termos estruturais, este ponto de vista retornou por pensadores mencionados neste inquérito antes de Hegel. Tal como Descartes e Kant, esses pensadores acreditavam que existe uma invariante da natureza humana, mas que o progresso é possível na história através da compreensão mais completa da natureza. Eles conceberam que a natureza humana em termos de racionalidade delimitada e do exercício de "utilidade marginal", e acreditavam que a posse desta utilidade pelo mercado, criaria uma condição de ordem espontânea que seria mais racional do que qualquer alternativa que possa ser planejada, dada a limitada racionalidade dos eventuais planejadores.
[editar]Sigmund Freud
Durante o mesmo período de tempo, a Áustria também acolheu o desenvolvimento da psicanálise. Seu fundador, Sigmund Freud, acreditava que os marxistas estavam certos em se concentrar no que ele chamou de "a influência decisiva que as circunstâncias econômicas dos homens têm sobre suas atitudes intelectuais, éticas e artísticas". Mas ele pensava que a visão marxista da luta de classes era demasiadamente superficial, atribuindo aos últimos séculos conflitos que foram, sim, primordiais. Atrás de luta de classes, de acordo com Freud, ergue-se o conflito entre pai e filho, entre um clã estabelecido e um desafiador rebelde. Neste espírito, Freud pesadamente criticou a União Soviética, escreveu em 1932 que os seus próprios líderes se tornaram "inacessíveis a dúvida, sem sentimento em relação ao sofrimento dos outros enquanto estão buscando suas próprias intenções".
[editar]E.O. Wilson
Em seu livro "Consilience: A Unidade do Conhecimento "(1998) Edward O. Wilson alegou que era tempo para uma cooperação de todas as ciências para explorar a natureza humana. Ele define a natureza humana como um conjunto de regras epigenéticas: os padrões genéticos de desenvolvimento mental. Fenômenos culturais, rituais, etc, são produtos, não fazem parte da natureza humana. Obras, por exemplo, não fazem parte da natureza humana, mas o nosso apreço pela arte é. E este apreço pela arte , ou o nosso medo de cobras, ou tabu pelo incesto (efeito Westermarck) podem ser estudados pelos métodos do reducionismo. Até agora, estes fenômenos são apenas uma parte dos estudos psicológicos, sociológicos e antropológicos. Wilson propõe que pode ser parte da investigação interdisciplinar.
[editar]Ver também
[editar]Referências
- Noam Chomsky e Michel Foucault, The Chomsky-Foucault Debate: On Human Nature (New Press, 2006).
- Sigmund Freud, O Futuro de uma Ilusão (Norton).
- David Hume, um Tratado sobre Human Nature (Oxford University Press, 2007, originalmente 1739/1740).
- Christopher J. Berry, Human Nature (MacMillan, 1986).
- Martin A. Miller, Freud e os Bolsheviks: Psicanálise Imperial na Rússia e na União Soviética (New Haven, CT 1998).
- Louis P. Pojman, Who Are Nós? (Oxford University Press, 2005).
- Harvey B. Sarles, Língua e Human Nature (University of Minnesota Press, 1985).
- Leslie Stevenson, O Estudo da Natureza Humana, 2 ª ed. (Oxford University Press, 1999).
- Leslie Stevenson & David Haberman, Ten Teorias da Human Nature, 4 º ed. (Oxford University Press, 2004).
- Edward O. Wilson, On Human Nature (Harvard University Press, 2004).
- [Http://www.culture-of-peace.info/ssov-intro.html Introdução e Atualizado Informações sobre o Sevilha Declaração sobre Violência]
[editar]Ligações externas
- Natureza humana e filosofia jurídica
- Swan
- www.human-nature.com
- www.sterlingharwood.com cerca de 150 citações sobre a natureza humana
- Newcastle University debate sobre Steven Pinker's livro The Blank Ardósia
- A nova teoria da natureza humana por Jeremy Griffiths
Natureza humana
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A natureza humana é um conjunto de características descritas pela filosofia, incluindo formas de agir e pensar, que todos os seres humanos tem em comum. Vários são os ramos da ciência que estudam a natureza humana, incluindo sociologia, sociobiologia, psicologia, dentre outros. Filósofos e teólogos também fazem pesquisas sobre o assunto.
De acordo com o conceito aceito pela ciência moderna, natureza humana é a parte do comportamento humano que acredita-se que seja normal e/ou invariável através longos períodos de tempo e de contextos culturais dos mais variados. Esse entendimento entretanto é equivocado, dado que a ciência não crê em natureza humana, piois tem essa um carater metafísico.
Índice[esconder] |
[editar]Metafísica e ética
Existem várias perspectivas em relação à natureza e essência fundamentais dos seres humanos. Estes são, de qualquer forma mutuamente exclusivos e, a seguinte lista não é de forma alguma exaustiva:
- Naturalismo filosófico: que inclui materialismo e racionalismo. Engloba um conjunto de pontos de vista que os seres humanos são puramente fenômenos naturais; Seres sofisticados que evoluiram para o nosso atual estado através de mecanismos naturais como a evolução. Filósofos humanistas determinam o bem e o mal através do que seriam as "qualidades humanas universais", mas outros naturalistas empregam esses termos como meros rótulos colocados em quão bem o comportamento individual está em conformidade com às expectativas da sociedade, e é o resultado da nossa psicologia e socialização.
- A religião Abraamica sustenta que um ser humano é um ser espiritual que foi deliberadamente criado por um único Deus, em sua imagem, e existe em contínuo relacionamento com Deus. O bem e o mal são definidos em quanto os humanos seres humanos se amoldam ao caráter descrito na "lei de Deus".
- Noções politeísticas animísticas variam, mas geralmente descrevem os seres humanos como cidadãos em um mundo povoado por outros seres espirituais inteligentes ou mitológicos, como deuses, demônios, fantasmas, etc. Nestes casos, a maldade humana é frequentemente considerado como o resultado de influências sobrenaturais ou corrupção (embora possa ter muitas outras causas também).
Tradições espirituais existentes como a holística, panteística, e panenteística, asseguram que a humanidade é a existência com Deus ou como parte do cosmos divino. Neste caso, a maldade humana é geralmente considerada como o resultado da ignorância desta natureza universal Divina. Tradições deste tipo incluem religião Dármica e outras formas de filosofia oriental (incluindo Budismoe Taoísmo), e filosofia ocidental como Estoísmo, Neoplatonismo ou cosmologia panteística. Determinados tipos de politeísmo, animismo, e monismo têm interpretações semelhantes.
[editar]Livre arbítrio e determinismo
A questão do livre arbítrio e determinismo toma conta de grande parte do debate sobre a natureza humana. Livre arbítrio refere-se à capacidade do homem de fazer escolhas verdadeiramente livres (em certo sentido). No que se refere aos seres humanos, a tese dodeterminismo implica que as opções humanas são plenamente causadas por forças internas e externas.
- Incompatibilismo: sustenta que o determinismo e o livre arbítrio são contraditórios (ou ambos são falsos). As visões incompatibilistas podem negar ou aceitar o livre arbítrio.
- Visões incompatibilistas em favor do livre arbítrio incluem:
- Libertarianismo entende que a percepção humana de livre escolha em ação é verdadeiro, em vez de aparentemente verdadeira, dessa forma, as nossas ações são executadas sem que haja qualquer coerção por forças internas ou externas.
- Tomismo sustenta que os seres humanos têm uma verdadeira experiência de livre arbítrio, e essa experiência é prova de um alma que transcende os meros componentes físicos do ser humano.
- Opiniões incompatibilistas contrárias incluiem:
- Determinismo refere-se a lógica que os seres humanos, como todos os fenômenos físicos, são objeto de causa e efeito. O Determinismo também entende que as nossas ações resultam do meio social e fatores biológicos ou teológicos. Um equívoco comum é que todos são deterministas fatalistas, que acreditam que a deliberação não faz sentido e que o futuro já está definido, quando na verdade a maioria deterministas mantém a idéia de que nós devemos deliberar sobre as nossas acções e que isto é parte da complexa interação entre causa e efeito.
- A Predestinação é a teoria que Deus orquestra todos os acontecimentos no universo(humanos, naturais e outros) de acordo com sua vontade, porém ele faz de uma forma que inclui o livre arbítrio do homem.
- Determinismo biológico e determinismo social são os pontos de vista segundo os quais as ações humanas são determinadas pela sua biologia e interação social, respectivamente. O debate entre estas duas posições é conhecido como natureza versus criação.
- Visões incompatibilistas em favor do livre arbítrio incluem:
- Compatibilismo, é da opinião que o livre arbítrio e o determinismo coexistem. Visões Compatibilistas incluem:
- Compatibilitismo humano, é da opinião que eles são compatíveis, porque é meramente hipotética a habilidade de liberdade de escolha se a outra opção foi eliminada de acordo com os fatores físicos do determinismo.
- Molinismo, é da opinião de que Deus é capaz de predestinar todos os eventos na Terra, porque ele sabe de antemão o que as pessoas irão escolher livremente.
- Compatibilistas contemporâneos buscam definições de livre vontade que permitam a coexistência com o determinismo.
[editar]Espiritual versus natural
Outro aspecto discutido muitas vezes da natureza humana é a existência da relação do corpo físico com o espírito ou alma, que transcende os atributos físicos do homem, bem como a existência de qualquer propósito transcendente. Nesta área, há três posições dominantes:
- A visão filosófica naturalista: Posição em que os seres humanos são absolutamente naturais, sem nenhum componente espiritual ou propósito transcendente. Subconjuntos da visão naturalista incluem os materialistas e os fisicalistas, posições que consideram que os seres humanos são totalmente físicos. No entanto, alguns naturalistas são também dualistas a cerca da mente e do corpo. O naturalismo, combinado com as ciências naturais e sociais, veêm os humanos como seres não planejados do produto da evolução, que operava em parte pela seleção natural sobremutação aleatória. Naturalistas filosóficos não acreditam numa passagem sobrenatural. Enquanto o naturalismo filosófico é frequentemente abordado como uma visão inaceitável da natureza humana, é promovido por muitos proeminentes filósofos e pensadores. O naturalista filosófico freqüentemente vai achar como semelhante a crença religiosa e a superstição e como um mal produto de um pensamento mágico.
- Em contraste com o materialismo, existem as posições platonistas ou idealistas. Isto pode ser expresso de muitas formas, mas, na essência, a visão é que existe uma diferença entre a aparência e a realidade, e o que vemos no mundo que nos rodeia é simplesmente um reflexo de algo mais elevado, a existência divina, a qual a alma / mente ou espírito dos humanos (e talvez até os animais) pode ser parcial. Em seu livro, Platão representa a humanidade como prisioneiros presos desde o nascimento dentro de uma caverna subterrânea, incapazes de mover a cabeça, e, portanto, capazes apenas de ver as sombras nas paredes que apareceram por um incêndio ocorrido fora da caverna, sombras estas que, em sua ignorância, os moradores da gruta tem uma visão errada da realidade. Para Platão, portanto, a alma é um espírito que usa o corpo. Ela está em um estado não-natural de união, e espera por ser liberto de sua prisão corporal (cf. República, X, 611).
- Entre o materialismo e idealismo situa-se o pensamento de São Tomás de Aquino, cujo sistema de pensamento é conhecido como Tomomesmo. Seu pensamento é, em essência, uma síntesedateologia cristã, bem como de uma releitura da filosofia de Aristóteles. Aristóteles descreve o homem como um "animal racional", isto é, um sistema único e indiviso sendo que é ao mesmo tempo animal (material) e racional (alma intelectual). Desenho do hylomorphism aristotélico, a alma é vista como uma forma substancial do corpo (matéria). A alma, como a forma substancial, é aquilo que é universal, ou comum, para toda a humanidade, e, portanto, é indicativo da natureza humana, o que diferencia uma pessoa de outra é uma questão a qual Aquino se refere como o princípio da individualização. A alma humana é caracterizada como espiritual, imortal, substancial, e subsistente: é o princípio espiritual e vital do ser humano, mas também é dependente do corpo em uma variedade de formas, a fim de possuir estas características.
Assim, não existe divisão entre o "físico" e o "espiritual", embora eles sejam na verdade distintos. Esta posição diferencia o tomismo do materialismo e idealismo. Ao contrário do idealismo, que dispõe que o universo visível não é uma mera sombra de uma realidade transcendente, mas em vez disso é totalmente real em si. No entanto, ao contrário do materialismo, o Tomismo assegura que o empiricismo e a filosofia, quando adequadamente exercidos, conduzirão inevitavelmente à crença razoável em Deus, a alma humana e ao objetivismo moral. Assim, para um Tomista, é óbvia a prova da existência de um Deus e uma alma eterna.
[editar]Estado de natureza
Estado de natureza remete para afirmações filosóficas sobre a condição dos seres humanos antes de fatores sociais serem impostos, e assim tenta descrever a "essência natural" da natureza humana.
- Visões que vêem os seres humanos como intrinsecamente bons:
- De acordo com John Locke, o homem em estado de natureza tem perfeita liberdade para ordenar as suas ações, de acordo com as leis da natureza, sem ter que pedir permissão para agir para qualquer outra pessoa. As pessoas são de igual valor, e tratam uns aos outros como eles gostariam de ser tratados. As pessoas só deixam o estado de natureza quando consentem para fazer parte de uma comunidade, a fim de proteger os seus direitos de propriedade.
- De acordo com Rousseau, os seres humanos no estado de natureza são naturalmente bons e os maus hábitos são produto da civilização corrompida; Ex: não só de pão vive o homem, mas sem ele a gente morre de fome.
- Grupos que vêem os humanos como moralmente neutros:
- De acordo com Pelagius, o estado do homem na natureza, não são tentados pelo pecado original, mas plenamente capazes de escolher entre o bem e o mal.
- De acordo com o determinismo social e o determinismo biológico, a conduta humana é determinada por fatores biológicos e sociais, os instintos humanos inerentes nunca são verdadeiramente a culpa das ações geralmente consideradas "más" nem creditados como ações consideradas "boas".
- Visões dos seres humanos como intrinsecamente maus:
- De acordo com Hobbes, os seres humanos no estado de natureza estão inerentemente em uma "guerra de todos contra todos", e a vida neste estado é em última instância "desagradável, bruta, e curta." Para Hobbes, esse estado de natureza é sanado pelo bom governo.
- De acordo com a doutrina cristã do pecado original, os seres humanos são criaturas intrinsecamente corrompidas e manchadas pelo pecado de Adão, e só podem ser resgatados pela graça de Deus através da fé na justiça de Jesus, a quem eles acreditam ser o seu filho moralmente perfeito. Na teologia cristã, acredita-se que o nascimento virginal torna que isto seja possível, como imagina-se que o pecado original seja passado pela "semente" do homem. O catolicismo, no entanto, sustenta que a natureza de ambos, Jesus e sua mãe (Maria), como se fosse o eleito ouMessias, não foram atingidos pelo pecado original.
- De acordo com Bertrand Russell o mal moral ou pecado é derivado de instintos que tenham sido transmitidos para nós de nossos ancestrais por bestas de rapina. Esta ascendência originou-se quando certos animais se tornaram onívoros e empregados na caça (matando e furtando), de forma periódica para devorar a carne, bem como as frutas de forma a produção de outros seres vivos que existiram, para apoiar o metabolismo em concorrência com outros animais para a escassez de alimentos e de comida vegetal, fontes no ambiente predador em que evoluiu. Assim, o simples fato de que os seres humanos devem comer outra vida ou senão tem fome, a morte é a provável origem primordial do mal moral contemporâneo e histórico, isto é, as coisas ruins que fazemos uns aos outros como mentir, enganar, difamar, assaltar e matar.
- Visões que enxergam os seres humanos como tendo uma "natureza humana ferida"
- De acordo com a Igreja Católica, os seres humanos foram criados bons mas, detentores de livre arbítrio, foram feridos por sua livre decisão pelo pecado. Os seres humanos estavam em um estado de "santidade e justiça original" que foi perdido devido ao pecado original, cometido por Adão e transmitido por ele como um estado de natureza aos seus descendentes. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, "a natureza humana não foi totalmente corrompida: ela está ferida pelos seus próprios poderes naturais, sujeita à ignorância, sofrimento e ao domínio da morte, e inclinada ao pecado - uma inclinação para o mal que é chamada de concupiscência. O Batismo, por conceder a vida da graça de Cristo, apaga o pecado original e transforma em um homem voltado para Deus, mas as suas consequências para a natureza, enfraquecida e inclinada para o mal, persistem no homem e o chama para a batalha espiritual ". (CIC 405) [1]
[editar]A moralidade
Há uma série de pontos de vista sobre a origem e a natureza da moralidade humana:
- Realismo moral ou objetivismo moral: diz que os códigos morais existem fora da parecer humana - que certas coisas são certas ou erradas, independentemente da opinião do homem sobre o assunto. A moralidade objetiva pode ser vista como decorrente da natureza intrínseca da humanidade, de um comando divino, ou ambos.
- Relativismo moral: diz que os códigos morais são uma função dos valores humanos e das estruturas sociais, e não fazem sentido fora da convenção social.
- Absolutismo moral: é de opinião que certos atos são certos ou errados, independentemente do contexto.
- Universalismo moral: tenta uma união entre o relativismo moral e o absolutismo moral e sustenta que existe, ou deveria existir, um núcleo universal comum de moralidade.
[editar]Finalidade
- Artigos principais: Significado da vida (filosofia), Significado da vida (ciência )
- Materialismo e Naturalismo filosófico defende que não há efeitos externos à vida humana. Defensores deste ponto de vista muitas vezes adotam a filosofia do humanismo secular.
- Teleologia sustenta que há propósitos inerentes à existência humana. Este efeito pode surgir a partir da natureza intrínseca da humanidade em si (o que um ser humano "supostamente deveria ser", como no caso da filosofia objetivista), a partir relação humana com o divino (o que Deus quer seja a humanidade, como no caso da religião), ou de ambos (como quando os comandos divinossão vistos como estando de acordo com a natureza intrínseca da humanidade e dos melhores interesses da humanidade).
[editar]Psicologia e biologia
Uma questão de longa data na filosofia e na ciência é saber se existe uma natureza humana invariante. Para aqueles que acreditam na existência de uma natureza humana, mais perguntas se fazem:
- O que determina/constrange a natureza humana?
- Em que medida é que a natureza humana é maleável?
- Como há variações entre as pessoas e as populações?
- Será que sou tão incapaz de pensar assim?
Como o comportamento humano é tão diverso, pode ser difícil encontrar comportamentos humanos absolutamente invariáveis que sejam de interesse para os filósofos. Um menor (mas ainda cientificamente válido) padrão para provas relativas a "natureza humana" é utilizado por cientistas que estudam o comportamento. Biólogos buscam provas da predisposição genética para padrões comportamentais. Predisposições genéticas podem ser influenciadas pelo ambiente, então o aparecimento de organismos com características comportamentais geneticamente predispostas não se espera chegar a 100 por cento. Um tipo de comportamento humano em relação ao qual existe uma forte predisposição genética pode ser considerado como parte da natureza humana. Em outras palavras, a natureza humana não é vista como algo que force os indivíduos a comportar-se de certa maneira, mas como algo que torna os indivíduos mais inclinados a agir de uma determinada maneira do que noutra. Psicologicamente, o termo "natureza humana" pode estar relacionado com o conceito de Freud id e os anseios associados com esses um aspecto da personalidade.
[editar]Tábula Rasa
A filosofia do empiricismo de John Locke vê a natureza humana como uma "tábula rasa". Nesta visão, há um nascimento na mente de uma "ardósia em branco", sem regras, para que os dados sejam adicionados, e as regras para processá-los são formadas unicamente por nossas experiências sensoriais.
A opinião contrária é vista na sociobiologia de E. O. Wilson e intimamente relacionada a teoria da psicologia evolutiva.
[editar]Genética Comportamental
O debate sobre a natureza versus criação. Comportamento genético
[editar]Diversidade humana
[editar]Argumentos para a invariância
Todas as pessoas e todas as sociedades têm expressões faciais similares. Todo mundo sorri o mesmo, bem como a forma como usamos nossos olhos para transmitir cognição ou a forma de flertar é a mesma. Avaliações da atratividade facial são consistentes em todas as raças e culturas com uma preferência pela simetria e proporção que são explicadas pelos cientistas como marcadores de saúde durante o desenvolvimento físico atribuível a bons genes ou um bom ambiente. As fêmeas humanas procuram rostos masculinos que são classificados como mais masculinos e agressivos, no momento em que estão menos femininas, delicadas e mais atraentes durante a ovulação, a fase do seu ciclo menstrual. quando as mulheres são mais férteis. ((Fact | data = Fevereiro 2007))
Nenhum sucesso já foi cientificamente demonstrado em nova atribuição de um indivíduo habilidoso. Embora os indivíduos podem mudar seu comportamento externo (pegar a tesoura, com sua mão direita em vez da esquerda, por exemplo), sua inclinação interna nunca muda. Mesmo as pessoas que perdem um membro, que fisicamente não possuem a capacidade de pegar tesoura com sua mão esquerda, tentará fazê-lo. A porcentagem de canhotos em todas as culturas e em todos os momentos permanece constante (devido ao uso da mão esquerda ser uma característica recessiva).
Recém-nascidos, demasiadamente jovens para ter sido aculturado ao fazê-lo, têm comportamentos mensuráveis, como sendo mais atraídos para faces humanas do que outras formas e ter uma preferência pela voz de sua mãe acima de qualquer outra voz.
Em seu livro Human Universals, Donald E Brown apresenta o seu caso específico e identifica cerca de 400 comportamentos que são essencialmente invariáveis entre todos os seres humanos.
[editar]Argumentos para a maleabilidade social
Dizem que o duque de Wellington tornou-se indignado após ouvir alguém referir-se ao hábito como "segunda natureza". Ele respondeu: "É dez vezes natureza!"
William James também se referiu ao hábito como a roda da sociedade. Hábitos, no entanto, são por definição adquiridos, e hábitos diferentes serão tanto os efeitos e as causas das diferenças das sociedades.
Diferentes sociedades humanas, têm criado diferentes códigos morais. Assim, independentemente de existir ou não a moralidade objectiva, os seres humanos são claramente capazes de impor uma ampla variedade de diferentes códigos morais sobre si.
Alguns argumentaram que o papel de cuidar não vem da ausência de impulsos na natureza humana, mas a partir da multiplicidade de tais impulsos - tantos e tão contraditórios, que a forma de criação deve identificá-los e colocá-los em uma hierarquia.
Alguns acreditam que não existe nenhuma lei universal de comportamento que vale para todos os seres humanos. Há muitas dessas leis que se aplicam à maioria das pessoas (por exemplo, a maioria dos indivíduos tentam evitar a morte), mas há sempre exceções (algumas pessoas cometem suicídio). A maioria dos animais, incluindo os seres humanos, têm uma inata auto-preservação ouinstinto (medo de lesões e morte). O fato de que os seres humanos podem sobrepor este instinto básico é visto como evidência de que a natureza humana é subordinada à mente humana, e/ou a vários fatores externos. No entanto, isto pode não ser totalmente exclusivo para a mente humana, como observa-se que certos animais propositadamente cometem suicídio.
Finalmente, foi observado que os recentes avanços na biologia abriram uma porta para manipulação genética. Isto significa que em breve teremos a possibilidade de alterar os nossos genes e, por conseguinte, alterar os instintos que estão codificados nos genes.(Veja transhumanism)
[editar]Visões influentes da natureza humana
Muitas escolas influentes de pensamento têm defendido concepções particulares da natureza humana, e integram nas suas concepções outras idéias. Entre eles estão o Platonismo, Marxismo eFreudianismo.
[editar]Platão
Platão tomou uma concepção de motivo e a analisou a partir da vida que ele aprendeu com Sócrates e construiu tanto a metafísica, como a antropologia em torno dela. Há uma alma intelectualresidente na cabeça humana , e há um apetite animal residente na barriga e genitais. O dever dos antigos é manter a última forma mansa para, com o tempo, receber a morte como uma fuga a esta desconfortável co-habitação.
Em um ou outro disfarce, o dualismo de Platão foi imensamente influente. Isto foi profundamente insinuado na Teologia Cristã - um processo que começou, talvez, tão cedo quanto o Evangelho de João. A famosa teoria de Descartes do contraste da alma que pensa e do corpo ser a extensão da alma, é tomada de Platão, como é o contraste entre os fenômenos e os aspectos da natureza humana de Kant.
O que todas estas visões têm em comum é a seguinte estrutura: "existe uma parte invariável da natureza humana, e minha teoria a divulgará melhor do que outras teorias." Essa estrutura permite o avanço na história - porque ao conhecer-nos melhor mais próximos estamos do progresso. Mas a natureza humana em si, como o objeto desse conhecimento, é considerada uma constante. De fato, na teoria de Kant, a natureza humana no verdadeiro sentido não pode realmente dizer que muda porque mudança exige tempo, e o tempo é uma característica única do mundo como fenômeno real.
Hegel representa um importante rompimento com esta hegemonia platônica. Tomando como base o conceito de dialética, tudo é, por assim dizer, para agarrar-se: assim como homem tenta conhecer-se melhor, o objeto do conhecimento necessariamente muda.
[editar]Aristóteles
O mais famoso estudante de Platão fez alguns das mais famosas e influentes declarações sobre a natureza humana.
- O homem é um animal conjugal (Nicomachean Ethics), o que significa que é um animal que está a se acasalar quando adulto, assim, construir um lar (oikos) e, em casos mais bem sucedidos, de um clã ou pequena aldeia que ainda existem por linhas patriarcais.
- O homem é um animal político, o que significa que um animal com uma propensão inata a desenvolver comunidades complexas do tamanho de uma cidade ou vila. Como um animal político, em contraste com a sua família e vida no clã, o homem vive na sua racionalidade - mais plenamente na criação de leis e tradições.
- O homem é um animal mimético (Poética). Neste caso, Aristóteles enfatiza a razão humana na sua forma mais pura. O homem ama utilizar sua imaginação, e não apenas fazer leis e participar de reuniões.
É claro que, para Aristóteles, a razão não é apenas o que é mais estranho sobre a humanidade, mas é também aquilo que era destinada a alcançar em seu melhor. Grande parte da posição Aristotélica ainda deve ser considerara, mas deve ser mencionado que a idéia de que a natureza humana era "significava" ou éramos destinados a ser alguma coisa, tornou-se muito menos popular nos tempos modernos.
[editar]Rousseau
O escrito de Jean Jacques Rousseau, antes da Revolução Francesa, e muito antes de Darwin, chocou o ocidente, propondo que os seres humanos haviam sido animais solitários, e depois tinham aprendido a serem políticos. O ponto importante sobre isto foi a idéia de que a natureza humana não foi fixada, ou pelo menos não da forma anteriormente sugerida por filósofos. Os seres humanos são políticos agora, mas eles não estavam originalmente. Isto quebrou um terreno político importante e também perigoso, para os acontecimentos políticos do século 19 ao século 20, onde, para dar os exemplos mais chocantes, o totalitarismo e a lavagem cerebral se desenvolviam.
Ele foi uma influência importante em Kant, Hegel e Marx, mas ele deixou claro que ele era parte do desenvolvimento do pensamento de Thomas Hobbes.
[editar]Karl Marx
A concepção da natureza humana de Karl Marx tem sido objeto de grande incompreensão. É frequentemente difundido que Marx negou que houvesse qualquer natureza humana, e disse que os seres humanos são simplesmente uma "ardósia em branco", cuja personagem vai depender inteiramente de sua socialização e experiência. É verdade que Marx colocou uma enorme importância na perspectiva de que as pessoas são influenciadas e, em parte, determinadas por seus ambientes. Mas, no entanto, ele teve uma forte noção de natureza humana. Marx discutiu o conceito de "essência das espécies" (do alemão Gattungswesen, às vezes também traduzida como "o ser das espécies. Ele acreditava que sob o capitalismo, somos alienados - ou seja, divorciados de aspectos da nossa natureza humana. Ele previu a possibilidade de sociedade seguindo o capitalismo que permitiria aos seres humanos a exercer plenamente a sua natureza humana e a individualidade. Seu nome para esta sociedade era comunismo. No entanto, vale a pena ter em mente que, desde os dias de Marx, este termo tem sido utilizado com vários significados diferentes, não de todos os que foram compatíveis com a utilização original de Marx.
A compreensão de Marx da natureza humana, não só desempenha um papel na sua crítica ao capitalismo e, em sua convicção de que uma sociedade melhor seria possível (como já indicado). Isto também instruiu sua Teoria da História. A dinâmica subjacente da história, para Marx, é a expansão das forças produtivas. Em "A Ideologia Alemã", Marx diz que dois ou três aspectos da atividade social que fundamentam a história é a tendência das pessoas a agir de forma a satisfazer as suas necessidades, e daí em diante, a tendência para gerar novas necessidades [2]. Esta tendência humana, para Marx, é o que impulsiona a contínua expansão da capacidade produtiva na civilização humana.
Depois de A Ideologia Alemã, no entanto, a menção da "essência das espécies", como tal, é praticamente ausente dos escritos de Marx. Alguns dos principais intérpretes de Marx, como Louis Althusser, acham irrelevante a teoria da "essência das espécies", dos escritos mais novos de Marx, enquanto outros, como o Terry Eagleton, acreditam que ela continua a ser um importante conceito do entendimento de Marx.
[editar]A escola austríaca
A escola austríaca de economia, em torno dos anos 1871-1940, desenvolveu a sua própria opinião amplamente em oposição a Marx, e em oposição a um grupo de estudiosos historicistas. No processo, eles desenvolveram uma visão diferente da natureza humana - em termos estruturais, este ponto de vista retornou por pensadores mencionados neste inquérito antes de Hegel. Tal como Descartes e Kant, esses pensadores acreditavam que existe uma invariante da natureza humana, mas que o progresso é possível na história através da compreensão mais completa da natureza. Eles conceberam que a natureza humana em termos de racionalidade delimitada e do exercício de "utilidade marginal", e acreditavam que a posse desta utilidade pelo mercado, criaria uma condição de ordem espontânea que seria mais racional do que qualquer alternativa que possa ser planejada, dada a limitada racionalidade dos eventuais planejadores.
[editar]Sigmund Freud
Durante o mesmo período de tempo, a Áustria também acolheu o desenvolvimento da psicanálise. Seu fundador, Sigmund Freud, acreditava que os marxistas estavam certos em se concentrar no que ele chamou de "a influência decisiva que as circunstâncias econômicas dos homens têm sobre suas atitudes intelectuais, éticas e artísticas". Mas ele pensava que a visão marxista da luta de classes era demasiadamente superficial, atribuindo aos últimos séculos conflitos que foram, sim, primordiais. Atrás de luta de classes, de acordo com Freud, ergue-se o conflito entre pai e filho, entre um clã estabelecido e um desafiador rebelde. Neste espírito, Freud pesadamente criticou a União Soviética, escreveu em 1932 que os seus próprios líderes se tornaram "inacessíveis a dúvida, sem sentimento em relação ao sofrimento dos outros enquanto estão buscando suas próprias intenções".
[editar]E.O. Wilson
Em seu livro "Consilience: A Unidade do Conhecimento "(1998) Edward O. Wilson alegou que era tempo para uma cooperação de todas as ciências para explorar a natureza humana. Ele define a natureza humana como um conjunto de regras epigenéticas: os padrões genéticos de desenvolvimento mental. Fenômenos culturais, rituais, etc, são produtos, não fazem parte da natureza humana. Obras, por exemplo, não fazem parte da natureza humana, mas o nosso apreço pela arte é. E este apreço pela arte , ou o nosso medo de cobras, ou tabu pelo incesto (efeito Westermarck) podem ser estudados pelos métodos do reducionismo. Até agora, estes fenômenos são apenas uma parte dos estudos psicológicos, sociológicos e antropológicos. Wilson propõe que pode ser parte da investigação interdisciplinar.
[editar]Ver também
[editar]Referências
- Noam Chomsky e Michel Foucault, The Chomsky-Foucault Debate: On Human Nature (New Press, 2006).
- Sigmund Freud, O Futuro de uma Ilusão (Norton).
- David Hume, um Tratado sobre Human Nature (Oxford University Press, 2007, originalmente 1739/1740).
- Christopher J. Berry, Human Nature (MacMillan, 1986).
- Martin A. Miller, Freud e os Bolsheviks: Psicanálise Imperial na Rússia e na União Soviética (New Haven, CT 1998).
- Louis P. Pojman, Who Are Nós? (Oxford University Press, 2005).
- Harvey B. Sarles, Língua e Human Nature (University of Minnesota Press, 1985).
- Leslie Stevenson, O Estudo da Natureza Humana, 2 ª ed. (Oxford University Press, 1999).
- Leslie Stevenson & David Haberman, Ten Teorias da Human Nature, 4 º ed. (Oxford University Press, 2004).
- Edward O. Wilson, On Human Nature (Harvard University Press, 2004).
- [Http://www.culture-of-peace.info/ssov-intro.html Introdução e Atualizado Informações sobre o Sevilha Declaração sobre Violência]
[editar]Ligações externas
- Natureza humana e filosofia jurídica
- Swan
- www.human-nature.com
- www.sterlingharwood.com cerca de 150 citações sobre a natureza humana
- Newcastle University debate sobre Steven Pinker's livro The Blank Ardósia
- A nova teoria da natureza humana por Jeremy Griffiths
Leis da natureza
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Leis da natureza ou Lei de crimes ambientais é o título de uma lei brasileira (Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), sancionada pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
[editar]Destaques da Lei
Entre os diversos crimes ambientais, destacam-se:
- Matar animais "silvestres, nativos ou em rota migratória" (art.29) continua sendo crime. Entre esses animais encontram-se as espécies ameaçadas de extinção, tais como a ararinha-azul, o mico-leão-dourado e o boto cor de rosa. O fato não é considerado crime, se o abate for para saciar a fome da pessoa ou da sua família;
- O comércio, o aprisionamento e o transporte destes mesmos animais também constitui crime (art.29, §1°, III), sendo a pena em ambos os casos de 6 meses a 1 ano de prisão, além de multa;
- Passa a ser crime, além dos maus tratos, o abuso contra animais, assim como ferir ou mutilar um animal (art.17). Este artigo se refere não apenas aos animais silvestres, nativos e exóticos, mas também aos "animais domésticos ou domesticados" e sua pena é multa de 200 reais por animal, ou, se for uma espécie ameaçada de extinção, multa que varia entre 5 mil e 10 mil reais;
- As experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo, ainda que seja para fins didáticos ou científicos (como cobaia por exemplo), são consideradas crimes "quando existirem recursos alternativos" (art.17, § único) e o infrator incorre nas mesmas penas (multa) referentes aos maus tratos.
- A exportação não autorizada de "peles e couros de anfíbios e répteis em [estado] bruto" (art.13) sujeita o infrator à multa de 2 mil reais, mais um acréscimo de 200 a 5 mil reais por espécie apreendida, conforme o grau de raridade do animal;
- A caça às baleias, golfinhos e outros cetáceos é considerada crime ambiental (art.22) dentro do limite de 200 milhas do mar territorial brasileiro. O simples ato de "molestar de forma intencional" o cetáceo já se enquadra neste artigo, cuja pena é multa de 2.500 reais;
- A prática de pichar, grafitar ou de qualquer forma sujar edificação ou monumento urbano, sujeita o infrator a até um ano de detenção;
- Fabricar, vender, transportar ou soltar balões, é punido com prisão e multa.
- Destruir, causar danos, lesionar ou maltratar plantas ornamentais é crime, punido por até um ano.
- Quem dificultar ou impedir o uso público das praias estará sujeito a até cinco anos de prisão.
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